Windows é a pedra no sapato para USB 3.0

Sistemas Windows atrasam implantação de novas tecnologias.
USB 3.0

Estima-se que existem hoje, em torno 6 bilhões de portas USB em uso. Dessas, a grande maioria utiliza a versão 2.0 do dispositivo.

O lançamento da versão 3.0 ocorreu no final de 2008, e de lá para cá Apple e Microsoft se preocuparam apenas em lançar muitas novidades em seus sistemas operacionais, mas acabram esquecendo ou ignoraram de colocar suporte nativo para dispositivos USB 3.0. Mesmo o Windows 7 (grande lançamento de 2009 da Microsoft) ainda não suporta USB 3.0 nativamente. Esse recurso deverá estar no primeiro service pack do sistema operacional, que deve chegar, talvez, no final de 2010. Windows XP, Windows 2000, Windows Vista, também são incompatíveis com dispositivos USB 3.0.

Por outro lado, o Linux foi o primeiro a suportar o USB 3.0, desde versão de kernel 2.6.31 (setembro de 2009), ou seja, se não fosse o Windows, a USB 3.0 já seria muito mais popular.

No início de 2010, o padrão USB 3.0 começa a fazer suas primeiras aparições em computadores, unidades de disco externas e pen drives. Na feira CES, que aconteceu em Las Vegas no início deste mês, houve várias demonstrações dessa nova interface. Asus e HP, por exemplo, exibiram notebooks equipados com USB 3.0. A nova porta promete velocidade máxima de até 5 Gbps, contra 480 Mbps da USB 2.0. Ao menos na teoria, o ganho de velocidade pode passar de dez vezes.

Comparação: um arquivo com um vídeo de 6 GB demoraria mais de duas horas para ser transferido via USB 1.0. Se a porta for USB 2.0, o tempo cai para pouco mais de 3 minutos. Com a USB 3.0, será de cerca de 20 segundos. Para conseguir isso, o cabo USB 3.0 tem oito fios em seu interior, em vez dos quatro usados nos cabos USB 2.0 e 1.x. Mas as novas portas serão compatíveis com os dispositivos hoje existentes. Além do ganho de velocidade, a USB 3.0 terá mais eficiência energética, consumindo pouquíssima eletricidade quando o dispositivo conectado não precisar dela.

Como foi mensionado acima, dispositivos USB 3.0 (pen drives, cameras, webcans, etc…) poderão ser espetados em portas USB 2.0, mas terão velocidade reduzida, mesmo caso de dispositivos USB 2.0 quando são espetados em USB 1.0.

E o que vai acontecer com as portas FireWire e eSATA?

A FireWire (IEEE 1394) não vai sair de cena tão cedo. Ela é muito usada em aplicações profissionais que envolvem transferência de áudio e vídeo. Em estúdios de gravação, por exemplo, é o padrão. E, claro, conta com o forte apoio da Apple, sua inventora. Mas pode se tornar menos atraente quando a USB 3.0 se disseminar e, aos poucos, ir perdendo importância.

Já a eSATA tem um futuro nada animador. Essa interface vem sendo usada para a conexão de unidades de armazenamento externo em PCs, além de ser encontrada em receptores de TV. Mas ela é menos versátil que a USB. Não fornece alimentação elétrica ao dispositivo e nunca se tornou realmente popular. Sua velocidade máxima atual é de 3 Gbps. Uma versão de 6 Gbps está prevista para o segundo semestre. Mas é provável que seja tarde demais. Até lá, a USB 3.0 já será mais comum e a eSATA será totalmente dispensável.

O padrão USB 3.0 aos poucos promete ganhar força. Em contrapartida, a USB 2.0 provavelmente cairá no esquecimento, pois a velocidade de transferência da SuperSpeed USB (USB 3.0) certamente cairá nas graças da maioria das pessoas.

Por enquanto, somente usuário Linux (Ubuntu, Mandriva, Red Hat, etc..) poderão usar todo o potencial dos dispositivos USB 3.0 em seus sistemas operacionais, mais uma vez mostrando o força, organização e agilidade da comunidade Linux.

2 comentários em “Windows é a pedra no sapato para USB 3.0”

  1. Pobre comunidade linux, anos e anos de supremacia do windows que vai continuar por muito tempo! mais de 90% no mundo. O linux não ameaça nem o mac, que alias a microsoft é acionista!

  2. Sensacional, se o Márcio n percebeu a questão aqui é o lançamento de um serviço e n debate entre S.O.

    Mas enfim aguardo esse “poupularização” já há +/- um ano. Vamu que Vamu!

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